terça-feira, 18 de novembro de 2008

O que é compulsão?


Igor Cruz

As compulsões são comportamentos ou ações repetitivas desencadeadas como resposta a uma sensação de desconforto. Sendo assim, estes distúrbios visam prevenir ou reduzir a ansiedade e evitar alguma situação temida pelo indivíduo.

As compulsões podem causar sofrimento e, muitas vezes, interferem na rotina social da pessoa. Alguns tipos de compulsão ganharam força com a chegada do século XXI, como por exemplo, a compulsão tecnológica. Um dos principais motivos pode ser explicado pela Internet.

“A compulsão se caracteriza por uma tendência à repetição, uma tendência ao vício. A questão da compulsão está totalmente voltada para a parte emocional, explica a psicóloga da Fiocruz”, Luciana Cavanellas.

De acordo com a psicóloga da Fiocruz, as pessoas compulsivas apresentam algumas características, como agitação e ansiedade. Ela explica que o indivíduo tende a buscar outro caminho, ou seja, procura uma substituição para um determinado problema. “O problema é que após a satisfação, vêm o arrependimento. As pessoas se sentem culpadas pelo que fizeram”, completa Luciana.

As formas mais conhecidas de tratamento para a compulsão são, a abordagem cognitiva comportamental, que o paciente faz um treinamento para perder o hábito da compulsão, como por exemplo, alcoólicos anônimos; a psicanálise, que é uma investigação minuciosa da vida do paciente, passando pela infância e procurando as reais causas; e as abordagens humanistas existenciais, que mescla um pouco dos outros tipos de tratamento e considera o contexto em que o paciente está inserido.

“O tipo de tratamento para a compulsão vai depender da idade da pessoa. Quando se trata de crianças, é importante uma intervenção dos pais. Nesta faixa de idade, as crianças não podem ter muitas opções de escolha e a última palavra deve vir dos pais. No caso de adultos, é preciso conversar para entender o que leva ao comportamento compulsivo. É importante que a família esteja ao lado da pessoa e a convivência deve ser a melhor possível”, explica a psicóloga.

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